Duas influenciadoras digitais goianas foram presas neste final de semana durante a Operação Bronze Mortal, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), após denúncias de clientes que sofreram queimaduras graves causadas por procedimentos estéticos ilegais. As suspeitas, identificadas como Flávia Ramos e Thaynara, são acusadas de oferecer bronzeamento artificial com o uso de métodos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Flávia, responsável pela página “Arte Bronze”, somava mais de 21 mil seguidores no Instagram. Já Thaynara acumulava mais de 13 mil. Ambas utilizavam as redes sociais para divulgar os serviços, sem qualquer controle técnico, ignorando normas básicas de segurança e colocando a saúde das clientes em risco. Após a operação, os perfis foram desativados.
A investigação aponta que as clínicas improvisadas utilizavam lâmpadas de alta potência e produtos sem registro na Anvisa, com potencial para provocar sérios danos à saúde, como queimaduras, envelhecimento precoce e até câncer de pele. Várias vítimas procuraram atendimento médico e denunciaram os procedimentos.
Durante a operação, que contou com apoio da Vigilância Sanitária, os policiais apreenderam equipamentos com lâmpadas UV, cuja utilização para fins estéticos é proibida pela Resolução nº 1.260/2025 da Anvisa.
Além das influenciadoras, um empresário e um marceneiro que estariam envolvidos nas atividades ilegais também foram presos. Os quatro detidos foram autuados por crime contra a saúde pública, infrações ao Código de Defesa do Consumidor e exposição ao risco de vida, entre outros crimes.
A investigação segue em andamento para identificar outras possíveis vítimas e envolvidos no esquema. Os nomes dos dois homens presos não foram divulgados. A reportagem não conseguiu contato com as defesas das suspeitas, mas o espaço segue aberto para manifestações.